Friday, October 20, 2006

sentado em uma mesa de bar,
tábua secular, rígida , escura,
altar de sacrifícios banais


um copo de vinho sangue,
aquece corpo impaciente,
ferve a carne interior......
sem atingir o cerne da consciência ,


sóbria demais para cantar


ao lado do fogo,
onde árvores mortas crepitam,
estalando à dança das chamas,
quentes , mas sem ferir a armadura,
onde se esconde um nobre acuado,
enredado nas teias de suas próprias desventuras,


arquiteturas conceituais


idear mais pilares frágeis
para novos labirintos


sem saída,
sem murada,
sem ponto de partida......


para manter o movimento......


roda insone de sansara.....


sem partida,
sem murada,
sem ponto de chegada


p.vinícius

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